quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Debate a 5 (ou a 4?) II

No debate de ontem foi discutida a intenção do bagão félix de aumentar a idade de reforma dos 65 para os 67 anos. A base desta proposta é o aumento da esperança média de vida, associado a um decréscimo nos nascimentos na população, o que pode provocar, dentro de alguns anos, o colapso financeiro da segurança social. Como sempre, é o dinheiro a falar mais alto.
Como era de esperar, havia partidos contra essa possibilidade, e outros a favor. Curiosa foi a sugestão de Pedro Santana Lopes: aumentar a idade de reforma da função pública para 65 anos e a idade de reforma do regime geral para os 67.

Recordo que no regime geral, a idade da reforma é de 65 anos, na função pública é de 60 anos (com 36 anos de serviço) e alguns senhores têm direito apenas ao fim de 12 anos a fazer o que nós bem sabemos.
Eu tenho uma sugestão um pouco diferente. Porque não aumentar a idade de reforma da função pública, deputados, eurodeputados, presidentes de câmara, vereadores, secretários de estado, presidentes da CGD, da RTP, da Galp e afins para os 65 anos? De certeza que se garantia o saneamento financeiro da segurança social. Acredito que todas as finanças públicas levavam um bom balão de oxigénio!
Gostava mesmo de ver um estudo que comparasse os pesos das reformas do regime geral e o peso das reformas dos restantes regimes. Aí estava uma estatística curiosa para avaliar num debate a cinco, principalmente quando alguns deles já são reformados ou já se podem reformar com chorudas reformas e querem que os outros trabalhem ainda mais dois anos.