terça-feira, outubro 25, 2005

A Justiça funciona assim..

O caso do sumaríssimo a Petit está marcado por uma série de pormenores que devem ser analisados.
Em primeiro lugar, e como tem sido hábito (excepto nas entradas dos jogadores do F. C. do Porto), a comissão responsável pela instauração destes processos ignorou uma entrada intencional, sem qualquer objectivo de ganhar a posse de bola, e correndo o risco de lesionar gravemente o adversário. Se não me engano, foi assim que um adversário acabou com a carreira do Van Basten.
Depois, e ao contrário do que definem os regulamentos, o processo arrastou-se durante semanas, acabando por se resolver imediatamente antes do jogo da Taça de Portugal, com o Leixões.
Curiosamente, o castigo é de um jogo..
Não vou dizer que o castigo foi feito de encomenda (incluindo o prazo de entrega), senão ainda me obrigam a provar as minhas afirmações, mas que foi conveniente, lá isso foi.
Ora, se tudo isto já é mau, pior é que a comissão responsável por estes processos já nos tenha habituado aos seus critérios sempre a puxar para o mesmo lado (recordo também o caso do Simão Sabrosa), prejudicando outros (caso do Pedro Emanuel, Seitairidis e Costinha) e ignorando os prazos regulamentados quando bem entende.
Eu assumo que o caso me incomoda por questões ligadas à clubite, mas não é por isso que aqui coloco este post.
O meu maior problema com esta questão é que a Comissão Disciplinar da Liga é constituída por magistrados, que como tal se deveriam comportar. Ou seja, de forma imparcial e de acordo com as normas e regulamentos. É preocupante pensar que são estas mesmas pessoas que fazem aplicar a Justiça neste País. Talvez por isso, tão poucos confiam nela.